segunda-feira, 16 de junho de 2008

Centro Escolar de Real


"Numa reedição de algo que tem sido excessivamente frequente (no que respeita às falhas na distribuição de documentação de suporte às reuniões de Câmara), os Vereadores da Coligação "Juntos por Braga" foram confrontados na última reunião do Executivo Municipal com uma proposta que apenas tinha sido enviada a um dos quatro eleitos do PSD.

Perante a surpresa dos demais e a ausência de oportunidade para discutir o assunto, optaram por seguir a indicação de voto do Vereador Serafim Rebelo - que ontem liderava a Oposição - e votaram contra a proposta de "Revisão do Orçamento", associada à incorporação dos saldos do ano anterior. E fizeram bem.

Afinal, o que estava em causa na proposta era um mero acto administrativo-contabilístico de correcção do orçamento (uma vez que o saldo das contas de 2007 só foi apurado depois da aprovação desse documento) - um "acto de gestão" chamou-lhe mesmo o Vereador Nuno Alpoim -, mas que, no fundo, apenas completava a peça orçamental antes aprovada pela Câmara.

Se o PSD votara contra o Orçamento, em coerência, tinha que votar contra esta revisão.Acontece, porém, que, como o saldo foi positivo, essa revisão deu origem a um aumento do investimento, em que se incluiu a verba para o novo Centro Escolar de Montélios - Real.
A partir deste facto, dizer que os Vereadores votaram contra o financiamento deste Centro é o mesmo que dizer que a Oposição está contra todas (e cada uma em particular) as obras e iniciativas que constam do Orçamento anual da Câmara e do Plano Plurianual de Investimentos só porque vota contra estes documentos.

Isso seria tão ridículo quanto se sabe que muitas dessas obras - como acontecerá com este Centro Escolar - são depois votadas caso a caso, aquando da contratualização com as Juntas de Freguesia ou aquando da adjudicação dos Concursos Públicos, e merecem (em projectos como este) a aprovação dos Vereadores da Coligação.

Todavia, percebe-se que face às questões delicadas que os Vereadores colocaram nessa mesma reunião e que, como é hábito, ficaram maioritariamente sem resposta, importasse à maioria socialista uma "fuga para a frente".

Para gáudio dos seus responsáveis, houve ouvidos mais sensíveis aos seus comentários e que deram o devido eco público desta pretensa notícia bombástica.

Assim se percebe também a importância de certos assessores para a actual maioria e a sua inutilidade para a maioria que aí vem.

É que, para nós, a verdade basta. "
P.S - Esclarecimentos de Ricardo Rio no seu blogue.

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