A Junta de Freguesia submeteu à apreciação da Assembleia de Freguesia as Opções do Plano para o ano de 2009 e o respectivo Orçamento.
Um documento como as Opções do Plano, para que pudesse merecer um possível voto favorável tinha que:
- Ser esclarecedor quanto às opções que defende para o desenvolvimento da freguesia;
- Constituir um compromisso claro de que vai ser executado; - Ser elaborado de acordo com o Estatuto da Oposição;
- Responder às promessas e compromissos assumidos durante a campanha eleitoral.
Ora, a presente proposta de Grandes Opções do Plano e Orçamento não é clara, não é esclarecedora, não respeita, na sua elaboração, os direitos da Oposição e não leva ao cumprimento das promessas que o executivo do Partido Socialista fez durante a campanha eleitoral.
Não havendo nada a dizer sobre as Grandes Opções do Plano (excepto que não são grandes, não são opções e muito menos contêm qualquer plano), resta a consideração do Plano de Actividades para 2009 e respectivo Orçamento.
O documento não esclarece, porque não tem qualquer reflexão por domínio de actividade, qual a estratégia que a Junta pretende seguir nem se esclarecem as opções tomadas. Enfim, o documento peca por ser omisso e obscuro em questões fundamentais como a acção social, a juventude, a educação, o ambiente, o desporto, e a cultura, limitando-se a ser uma relação exaustiva de rubricas e correspondentes valores.
Ao analisar estes Documentos não estranhámos a pobreza do seu conteúdo. Não esperávamos que após mais um ano de governação, o PS invertesse o percurso de estagnação a que vem conduzindo a freguesia. Não esperávamos rasgo, criatividade, ou até mesmo uma ou outra inovação positiva numa ou noutra área. Não tivemos aqui surpresas, como também não as esperávamos.
Durante a campanha eleitoral o PS fez promessas e assumiu compromissos que agora não encontram tradução nas grandes Opções do Plano. Tais como: parque desportivo em Montélios com ringue para futebol de salão, andebol, basquete e circuito de ciclismo para crianças; requalificação e cobertura dos campos de ténis; centro cultural de Real, núcleo museológico de S. Frutuoso; auditório, desassoreamento do Rio Torto e da Ribeira da Pedrinha….
Muitas das obras inscritas neste plano, arrastam-se penosamente no tempo sendo que as opções para 2009 são, no essencial, opções não concretizadas em anos passados.
Na nossa opinião, a filosofia subjacente à proposta de orçamento para 2009 da autarquia Realense, suportada por uma maioria PS com a habitual concordância da CDU, distancia-se das necessidades actuais, sendo que a liderança rosa vai persistindo em velhas e rotineiras práticas de governação, apostando na navegação à vista, sem vislumbre de estratégia para o todo, cultivando políticas de afastamento relativamente aos munícipes e instituições, não se distinguindo quer pela intervenção de qualidade quer por laivos de criatividade.
As razões expostas foram mais que suficientes para reprovarmos estas GOPO – Grandes Opções do Plano e Orçamento para 2009.