segunda-feira, 12 de novembro de 2007

A importância do recenseamento eleitoral

A disparidade entre residentes e eleitores mostra que são cada vez mais as pessoas que se mudam, mas que não se recenseiam, uma política que se alastra a várias freguesias de Braga, incluindo a freguesia de Real.

Nesta questão de promover ou não o recenseamento eleitoral, há quem aponte um conflito de interesses: é que se as Juntas de Freguesia ficariam a “ganhar” com mais eleitores, ficam a perder na previsibilidade dos resultados eleitorais, já que há uma alteração do universo eleitoral chamado a votar. E aí, as vezes não há interesse que o número de eleitores cresça; veja-se o que se passou em Real nas últimas eleições autárquicas: dos cerca 600 eleitores que votaram a mais em relação a 2001, mais de metade votaram na Coligação Juntos por Braga, os restantes dividiram-se pelas restantes forças políticas, ou seja, quem está no poder perde a tal previsibilidade e "controlo" de resultados.

Uma das consequências do não recenseamento verifica-se ao nível do financiamento das Juntas, com freguesias a receber pelos eleitores que já aí não habitam e outras a suportar os custos de ter muitos habitantes sem correspondência no número de eleitores. É, precisamente, em função do número de eleitores inscritos, que as Juntas de Freguesia recebem as verbas do Fundo de Financiamento das Freguesias.

É nesta medida, que apelamos a todos os novos residentes de Real, que procedam ao seu recenseamento na freguesia. Está na altura, para bem da freguesia, das pessoas se mentalizarem que o recenseamento é um acto cívico.

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Por si, para si e consigo, sempre com Real